- Álgebra moral: A estratégia de Benjamin Franklin de ponderar os prós e contras de uma discussão, por vezes ao longo de dias. Ao adotar essa abordagem lenta e sistemática, você pode evitar problemas como o viés de disponibilidade (a tendência de fundamentar julgamentos a partir das primeiras informações que vêm à mente) e se permitir encontrar uma solução mais sábia e de longo prazo para o problema.
- Atenção plena: O oposto da insensatez. Pode incluir a prática meditativa, mas, em geral, refere-se a um estado reflexivo que evita respostas reativas e excessivamente emocionais aos acontecimentos e nos permite observar e pensar sobre nossas intuições de maneira mais objetiva. O termo também pode se referir à estratégia de gerenciamento de riscos de uma organização (Capítulo 10).
- Bússola emocional: Combinação de interocepção (sensibilidade aos sinais corporais), diferenciação emocional (capacidade de descrever seus sentimentos com precisão de detalhes) e regulação emocional. Juntos, esses elementos nos ajudam a evitar vieses cognitivos e afetivos.
- Competência reflexiva: O estágio final da experiência, quando podemos fazer uma pausa e analisar nossos pressentimentos, baseando decisões na intuição e na análise. (Veja também Atenção plena.)
- Curiosidade epistêmica: Postura inquisitiva, interessada e questionadora, de quem tem fome de informações. A curiosidade não só aprimora o aprendizado como também, segundo pesquisas recentes, nos protege de raciocínios e vieses motivados.
- Dificuldades desejáveis: Conceito poderoso na educação, de que aprendemos melhor se nosso entendimento inicial é mais difícil, e não mais fácil. (Veja também Mindset de crescimento.)
- Efeito da língua estrangeira: A surpreendente tendência a sermos mais racionais quando falamos uma segunda língua. Efeito Sócrates: Uma forma de enxergar a situação por outra perspectiva. Imaginamos que precisamos explicar o problema a uma criança pequena. Reduz a cognição “quente”, os vieses e o raciocínio motivado.
- Humildade intelectual: Capacidade de aceitar os limites do nosso julgamento e tentar compensar nossa falibilidade. Pesquisas científicas revelam que, embora seja negligenciada, essa é uma característica fundamental na tomada de decisões e no aprendizado, sobretudo para os líderes de equipe.
- Inoculação cognitiva: Estratégia para reduzir o raciocínio enviesado. Para isso, precisamos nos expor propositalmente a argumentos falhos.
- Inteligência coletiva: A capacidade de uma equipe de raciocinar como uma unidade. Embora sejam bem pouco conectados ao QI, fatores como a sensibilidade social dos membros da equipe parecem ser mais importantes para a inteligência coletiva.
- Mindset de crescimento: A crença de que talentos podem ser desenvolvidos e treinados. Embora as primeiras pesquisas científicas sobre o mindset tenham se concentrado em seu papel no desempenho acadêmico, sabemos que ele também estimula a tomada de decisões mais sábias quando, por exemplo, contribui para traços como a humildade intelectual.
- Pensamento de mente aberta: A busca deliberada de pontos de vista alternativos e evidências que confrontem nossas opiniões.
- Pre mortem: Imaginar o pior cenário e todos os fatores que o favorecem antes de tomar uma decisão. Uma das melhores estratégias para evitar vieses.
- Precisão epistêmica: Ocorre quando as crenças são apoiadas pela razão e pelas evidências factuais.
- Tolerância à ambiguidade: Tendência a abraçar incertezas e nuances em vez de tentar acabar quanto antes com a discussão.
Por que pessoas inteligentes cometem erros idiotas? (Robson, David), página 353